Estamos todos ansiosos para o final de semana de Fórmula 1, o GP do Brasil em Interlagos.
Para quem não sabe, as provas no Brasil estão no calendário oficial desde a década de 70, ficando de fora pela primeira vez em 2020 por conta da pandemia do Covid-19.
Vamos então, relembrar como eram as provas lá no início de tudo. Continue lendo!
GP do Brasil na década de 70
O GP do Brasil nasceu no antigo Autódromo de Interlagos, que naquela época tinha um traçado diferente. Eram quase 8 km de prova onde o layout do circuito ainda permitia até um traçado oval.
Com o intuito de validar o bom funcionamento do circuito para a F1, era necessário receber outras provas de grande reconhecimento, como a Fórmula 2 e a Fórmula Ford em 1970 e 1971.
Com o sucesso de ambas as provas, tudo estava preparado para receber a primeira prova de F1 para o Brasil.
Ainda como evento extra campeonato, essa primeira corrida em 1972 não contaria com pontos, mas ainda assim serviria para colocar como marco de início das provas brasileiras dentro do calendário.
Com toda estrutura que a FIA exigia, a prova foi um sucesso.
Apesar de contar com apenas onze carros no grid – nem todas as equipes gostavam de participar de provas extra campeonato – a corrida inaugural do circuito de Interlagos dentro da F1 foi um marco na carreira de Carlos Reutemann, um piloto argentino que estreava naquele ano e mais tarde se tornaria um dos principais nomes do automobilismo do país que representava.
Prosseguindo, com o sucesso da prova inaugural, era o momento de incorporar Interlagos no calendário oficial.
Em 1973, agora com todas as equipes que disputavam o campeonato oficial, Emerson Fittipaldi garantiu a primeira vitória de um piloto de F1 brasileiro em seu país de origem, começando com o pé direito a história dos pilotos daqui com as pistas tupiniquins.
GP do Brasil na década de 80
Depois de quase dez anos de boas provas em Interlagos, o circuito precisaria de passar por profundas reformas e teria uma drástica mudança em seu layout nessa década.
Depois de uma prova única em 1978 realizada em Jacarepaguá, a partir de 1981 Interlagos realizaria reformas até 1989, dando espaço para o circuito carioca no GP do Brasil.
O circuito litorâneo seria marcado por uma dominação absurda do piloto francês Alain Prost, que venceu 5 das 9 provas disputadas lá, garantindo o apelido de Rei do Rio.
Em 1989 o circuito de Jacarepaguá ainda terminou o seu legado da F1 de uma forma memorável: dobradinha brasileira de Ayrton Senna e Nelson Piquet, com ambos segurando a bandeira nacional.
Desafetos à parte, sabiam da importância daquele momento para o povo brasileiro.
Infelizmente, o circuito de Jacarepaguá foi demolido em 2012 para receber as obras das olimpíadas de 2016 do Rio de Janeiro.
Década de 90 e anos 2000
Agora com um traçado renovado e 4.325 km de extensão, a FIA incorpora Interlagos como casa oficial da F1 no Brasil novamente, reduzindo o tempo de volta quase pela metade.
É aqui que em 1991, Senna faz uma prova lendária onde ganha em solo brasileiro com apenas a 6ª marcha disponível.
Nesse período, a FIA decidiu empurrar Interlagos um pouco mais próximo do final da temporada, deixando para nossa terra a decisão de campeonatos importantes, como o de Alonso em 2005, Raikkonen em 2007 e o amargo primeiro título de Hamilton sobre Felipe Massa em 2008.
Interlagos tem o seu contrato garantido com a FIA até 2025, mas se boas corridas e boas melhorias continuam sendo realizadas, temos condições de torcer para que nosso querido autódromo brasileiro permaneça por muitos anos ainda no calendário do campeonato mais importante do automobilismo mundial.
Com o nome oficial de Autódromo José Carlos Pace, um dos pioneiros do automobilismo brasileiro, Interlagos é palco de momentos marcantes para a categoria, onde você pode acompanhar mais lendo sobre 5 grandes momentos que listamos aqui!
Você com o Carro dos Sonhos!
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