Assim como os carros de luxo antigos que despertavam fascínio, o Aero Willys era um farol de atenção pelas suas grandes dimensões, detalhes cromados e histórias que contam.
Começou a ser produzido no Brasil no início dos anos 60, praticamente sem concorrentes, e conquistou o mercado de luxo com o seu visual de carro americano.
Hoje vamos conhecer mais sobre a história deste grande clássico, conhecido como o primeiro carro DESENVOLVIDO no Brasil e o preferido do mercado de luxo naquele período.
Continue conosco e saiba mais sobre o Aero Willys!
7 curiosidades sobre o Aero Willys
O Aero Willys é rodeado de curiosidades, afinal, foi um modelo precursor em muitos sentidos.
Foi o primeiro carro nacional com ar-condicionado, além de ser um sedã com motor de Jeep.
Descubra as 7 curiosidades que tornam o Aero um ícone que merece ser lembrado:
1. O primeiro carro desenvolvido por completo no Brasil
Em 1958 o projeto do Aero Willys começava a ser discutido e era baseado em um projeto dos EUA que havia sido descontinuado por não fazer sucesso por lá.
Então, em 25 de março de 1960, o modelo foi oficialmente lançado no Brasil pela Willys Overland Brasil. Além de ser o primeiro carro inteiramente concebido no Brasil, também foi o primeiro de toda a América Latina!
Nos EUA, o modelo possuía algumas versões, conhecidas como: Aero-Ace, Aero-Eagle, Aero-Wing e Bermuda.
Esta última, um cupê de duas portas e as demais, modelos sedã. Toda a linha foi concebida a partir de detalhes do Jeep, detalhe que não agradou tanto o público americano.
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Entretanto, no Brasil, o modelo foi bem aceito pelo público de luxo, especialmente por ser um carro requintado que se adequou às realidades rodoviárias e de pavimentação do Brasil.
Em outras palavras, o Aero Willys uniu um visual de luxo com confiabilidade e resistência para a realidade brasileira.
O Aero Willys também foi o primeiro carro nacional com ar-condicionado, um marco para a história automotiva nacional.
2. Aero Willys: brasileiro com jeitão americano
Por ser “reciclado” de um projeto americano, inegavelmente, o Aero Willys possuía um jeitão americano.
Seu layout arredondado, grandes proporções, grande espaço interno para até seis passageiros, dois cinzeiros, entre outros detalhes “denunciam” sua origem.
Além de que, o apreço pelos carros de luxo americanos também contribuiu para que o modelo fosse um sucesso no Brasil.
3. O carro preferido dos prefeitos
Graças a todos esses motivos já listados até aqui, o Aero Willys definitivamente foi um modelo destinado às pessoas mais abastadas.
O carro foi um sinônimo de requinte e uma afirmação de poder e posses.
Por esse motivo, foi o modelo preferido dos prefeitos nos anos 60. Futuramente, o carro ainda teria uma versão ainda mais luxuosa, que se tornaria o preferido dos presidentes.
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4. O controverso “rabo de peixe”
O “rabo de peixe” amplamente presente em carros dos anos 50, começou a se tornar pouco apreciado a partir dos anos 60.
O Aero Willys, então, teve uma reformulação do seu design em 1963. A versão Aero 2600 possuía menos detalhes arredondados e menos curvas, se tornando mais clean, com detalhes mais retos.
Era o fim do “rabo de peixe“, amado por uns e detestado por outros.
Contudo, era claro que o modelo buscava se modernizar e correspondia com as tendências daquele momento, trazendo ainda mais requinte pela simplicidade.
Em agosto de 1963, a revista Quatro Rodas comemorou o fim deste detalhe e ainda afirmou ser de “gosto discutível“.
5. Mesmo motor e peças do Jeep
Seu motor de seis cilindros era o mesmo do Jeep, com uma característica incomum: a válvula de admissão com localização no cabeçote, além da válvula de escapamento no mesmo bloco.
O motor confiável, apesar de rude, atingia os 110 cavalos.
6. Inicialmente Aero Willys se chamaria Brasília
Quando o projeto chegou em território nacional, inicialmente, a ideia era que se chamasse Brasília.
Entretanto, a direção da Willys Overland Brasil optou por manter uma certa semelhança com o projeto americano, mantendo Willys em parte do nome.
Posteriormente, como sabemos, foi lançada em 1973 a Brasília da Volkswagen.
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7. Itamaraty: a versão de luxo do Aero Willys
Apesar do Aero Willys oferecer certa pompa ao público, o design era muito mais luxuoso por fora do que por dentro.
O interior do Aero Willys não era tão sofisticado assim. Por isso, em 1966, nasceu uma versão de luxo do modelo: o Itamaraty.
O modelo possuía bancos de couro, ar condicionado com saídas traseiras, além de painel em madeira.
Se o Aero Willys era o carro preferido dos prefeitos, o luxuoso Itamaraty Willys era o preferido de magnatas e presidentes.
Além disso, o modelo Itamaraty Executivo foi a primeira limusine brasileira.
A trajetória do primeiro carro desenvolvido no Brasil
A trajetória do Aero Willys no Brasil é de sucesso. Com suas linhas arredondadas, detalhes cromados e layout bastante inspirado nos carros americanos, logo ele conquistou o gosto das pessoas abastadas no Brasil.
Outro motivo para esse sucesso foi a falta de concorrência.
Em 1960, quando o modelo começou a ser fabricado, seu único concorrente foi o Simca Chambord, o único modelo capaz de concorrer com o tamanho deste sedã.
Os outros modelos eram bem menores e digamos que menos requintados.
Descontinuado nos EUA por insatisfação nas vendas, aqui no Brasil o cenário foi próspero pela junção de dois fatores.
Primeiro, a falta de concorrência já mencionada e segundo, pelos detalhes herdados do Jeep.
Seu motor confiável e simples, acompanhado de um requinte no layout foi a receita perfeita para cair no gosto do público abastado do Brasil.
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Entre 1960 e 1968, poucas mudanças foram realizadas neste período, devido ao sucesso entre o público. Entre as principais mudanças destaca-se a retirada do “rabo de peixe” já nos primeiros anos de produção, além de mudanças nas cores e novos acabamentos.
Já a partir de 1968, quando a Willys foi comprada pela Ford, algumas mudanças mais expressivas podem ser notadas.
Gradualmente, o Aero Willys foi fundido com o Ford Galaxie. Em 1971 a Ford anunciou que aquele seria o último ano de fabricação do modelo e também do Itamaraty.
Em 1972 foram comercializadas as últimas unidades do Aero Willys e do Itamaraty Willys.
A partir de 1973, o motor dos dois modelos passou a ser utilizado como base para o conhecido e amado Maverick.
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