Desde o ano de 1986, mais de 30 anos já se passaram, e desde então o mundo motorizado do Brasil mudou muito. Um detalhe importante é que as importações eram proibidas no país, seja de carros ou de motos, e com isso, havia poucas opções disponíveis.
As opções brasileiras ainda não tinham um bom desempenho e uma tecnologia muito avançada, foi nesse momento em que a Honda conseguiu importar 700 unidades da moto CBX 750 F para o Brasil.
Em um país onde as motos não tinham altas cilindradas, essa foi uma das medidas que o governo adotou para estimular ainda mais a produção de motos nacionais.
A limitação na tecnologia brasileira fazia com que as opções de motos usadas ou modelos novos fossem de baixa cilindrada.
Justamente por isso, a chegada da Honda CBX 750 F foi tão marcante para o país, trazendo novas revoluções no setor motorizado e encantando ainda mais as pessoas apaixonadas por motos.
E chegando aqui, logo foi apelidada de 7 Galo. O número 7 ficou, e o 50 ficou “Galo” por ser o numero do animal no jogo do bicho.
Hoje trouxemos algumas informações sobre esse marco para que você entenda ainda mais e conheça um pouco sobre o modelo da Honda CBX 750 F. Confira a seguir:
Honda CBX 750 F e o seu valor de mercado
Por ser uma grande novidade no país e ainda ser a mais diferente dentre os modelos disponíveis na época, o valor de tabela da CBX 750 F era bem alto.
O número limitado de motos fez com que os valores correspondessem a cerca de três modelos nacionais da Honda, mas isso não era um problema para que os motociclistas a comprassem.
Seu valor de compra também estava relacionado a sua agilidade e nessa época, havia boatos de que a CBX 750 F seria nacionalizada ainda naquele ano.
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Na década de 70, mesmo os modelos usados eram valorizados no mercado. Esses valores altos permaneceram por anos no mercado nacional. Quem adquiria essa importada tinha o costume de recusar com frequência às propostas de revenda.
Como era a potência da CBX 750 F?
O motor da CBX 750 F, para que pudesse rodar com a gasolina do Brasil, teve que ter a sua taxa de compressão um pouco reduzida. Por conta disso, a potência máxima do seu motor diminuiu em 9 cavalos, sendo o total de 82 cv.
Ainda assim, os avanços observados no motor da CBX 750 F ainda eram excepcionais. A moto tinha comando duplo, além de 4 válvulas a cada cilindro. Isso trazia uma potência maior do que a de 70 cv do modelo original, fazendo com que fosse possível ultrapassar 200 km/h.
Outro ponto que chamava a atenção das pessoas, era que a sua embreagem era de acionamento hidráulico, além de ter sistema anti mergulho, suspensão com regulagem dianteira pneumática e pneus sem câmara.
Produção nacional da Honda CBX 750 F
A partir do mês de dezembro de 1986, a Honda CBX 750 F passou a ser produzida em sua versão nacional com cerca de 40% de nacionalização em sua produção, e cerca de 300 unidades fabricadas por mês.
As modificações feitas nesses modelos eram visíveis na estética da moto, onde a carenagem passou a ser branca e vermelha, os faróis com linhas arredondadas e duplo e os escapamentos cromados, diferente da original, que eram pretos.
Além disso, a proteção aerodinâmica era maior, além do guidão da moto ser 2cm mais elevado. As rodas passaram a ser de aro 18 ao invés de 16 polegadas. Dessa forma, o modelo nacional passou a ser mais confortável e menos esportivo.
Esses detalhes mais simplificados ajudaram também a reduzir os custos de produção do modelo Honda CBX 750 F e também durante o processo de nacionalização dos equipamentos e componentes, como a suspensão e os pneus, por exemplo.
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A tecnologia da CBX 750 F era mais sofisticada, fazendo com que o modelo nacional fosse ainda mais valorizado, desejado e eternizado nas lembranças dos brasileiros, e por isso, essa moto foi tão marcante no Brasil.
Mudanças a partir de 1990
A partir do ano de 1990, as mudanças mais relevantes da Honda CBX 750 F foi o acréscimo do sobrenome Indy no seu modelo. Os cinco anos seguidos à sua venda, tiveram um declínio por conta dos novos modelos importados que foram permitidos novamente no país.
A versão da Honda Indy eram diferentes por conta da sua carenagem, que cobria de forma integral o motor, direcionando os espelhos e retrovisores, que antes eram fixados na parte do guidão.
Além disso, em 1990, o painel da moto também foi remodelado, além do porta luva com fechadura que foi instalado no tanque. O chassi passou a ter uma trave para ter mais rigidez e estabilidade.
A Honda CBX saiu do mercado junto com os modelos da 450. Com isso, a Honda produziu novos produtos de alta e média cilindradas, direto de fábricas importadas de outros países.
O que os condutores sentiam ao pilotar a CBX 750 F?
Muitos condutores que tiveram a oportunidade de pilotar a Honda CBX 750 F não conseguiam descrever com detalhes a sensação de quando esse modelo foi vendido no Brasil.
Isso porque, durante essa época, apenas automóveis de potências menores eram comercializados, como o fusca e corcel, que não passavam de 130km/h.
A chegada da Honda CBX 750 F foi um grande marco, pois o desempenho visto nos veículos do exterior passaram a estar presentes no Brasil, trazendo comoção e ansiedade.
A potência da CBX 750 F chamava a atenção, e pessoas tiveram esse modelo como sonho de consumo, mesmo que o seu valor de mercado fosse elevado no momento.
Mesmo que a potência tenha diminuído para que o modelo pudesse rodar com a gasolina brasileira, ainda assim nenhum outro modelo de moto da época tinha tanta desenvoltura e bom desempenho quanto a Honda CBX 750 F.
Agora que você entendeu mais sobre o assunto, e sabe o porque a Honda CBX 750 F foi tão popular no país desde o momento de sua chegada até parar de ser comercializada, acesse nosso site para conhecer mais sobre os conteúdos desse meio.
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