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Simca Esplanada: tudo sobre um clássico cheio de requinte

Quem viveu os anos 60 ou conhece um pouco dos veículos daquela época sabe bem todo o sucesso alcançado por um modelo específico da marca Simca: é o Esplanada, que ainda hoje pode ser encontrado na garagem de alguns colecionadores.

Fabricado entre os anos de 1966 e 1969, esse é um modelo considerado de luxo, tendo traços icônicos para os amantes de carro.

No entanto, não era apenas a beleza que chamava a atenção para o modelo Esplanada: a verdade é que essa linha de carros se destacava também por causa de toda a potência do seu motor e, além disso, pelo quão silencioso ele se tornou após algumas modificações.

Simca Esplanada. Pinterest
Simca Esplanada. Pinterest

Possuindo um tanque de 65 litros, ele foi visto pela primeira vez pelo público no Salão do Automóvel realizado no ano de 1966, na cidade de São Paulo.

Desde então, é claro que o Simca Esplanada passou a ser o objeto de desejo de muitas pessoas que queriam um sedã e você vai conhecer agora um pouco das principais características desse clássico, que foi fabricado em São Bernardo do Campo.

De Simca para Chrysler

Simca Esplanada quando passou a ser adotado pela Chrysler. AutosSegredos
Simca Esplanada quando passou a ser adotado pela Chrysler. AutosSegredos

Inicialmente, quem apresentou esse veículo ao público foi a marca Simca, mas já havia, naquele momento, alguns problemas associados a essa empresa e foi por isso que, um pouco depois do evento que colocou o Esplanada aos olhos de todos que a Chrysler passou a ser a dona tanto da marca quanto desse modelo de sedã.

Mesmo que o público tivesse ficado bastante interessado neste carro de luxo, especialmente pela forma como ele trazia estabilidade ao se guiar e pela sua potência, a verdade é que houve certa insegurança.

Afinal, será que a Chrysler ia tirar o recém-inaugurado Esplanada de circulação e colocar em seu lugar algum veículo da sua própria linha?

Porém, a Chrysler, reconhecendo todo o apelo que esse sedã alcançou com o público, decidiu continuar a sua produção e, na realidade, até foram feitas melhorias no modelo original.

Quem teve contato com um Esplanada no final da década de 60 viu grandes diferenças no modelo que a Simca colocou em circulação no ano de 1966, como mais opções de pinturas e interiores.

Alta potência para aquela época

Esplanada GTX 1969. Picelli Leilões
Esplanada GTX 1969. Picelli Leilões

Hoje em dia, é esperado que os veículos sejam bastante potentes porque existe um nível muito maior de tecnologia, o que não se via em 1966, quando o Esplanada foi apresentado ao público.

Mesmo assim, ele ainda conseguia trazer uma potência surpreendente de 142 cavalos, ou seja, era um veículo que conseguia chegar a altas velocidades em um tempo visto como curto.

É claro que a sua velocidade máxima era bem mais baixa do que aquela que se pode atingir hoje: 160 km/h. Para aquela década, no entanto, era algo fantástico.

Além disso, o Esplanada também não ficava para trás no quesito marcha: enquanto alguns veículos ainda não oferecem seis marchas atualmente, esse modelo da Simca já tinha essa quantidade de marchas logo no seu lançamento!

Para ser justo, o que acontecia eram três marchas que funcionavam no esquema de sobreposição e, dessa forma, o motorista tinha o dobro de marchas.

Esse era, inclusive, um dos motivos pelos quais o Esplanada era visto como um carro muito estável, conferindo uma sensação de segurança para quem estava guiando e muito mais tranquilidade para quem estava no banco traseiro ou no do passageiro.

Conforto surpreendente faziam dele um modelo de luxo

Interior do Esplanada esbanjava requinte. Twitter/Carangaweb
Interior do Esplanada esbanjava requinte. Twitter/Carangaweb

Apesar de a sua potência ser um chamariz para o mercado consumidor, é claro que o conforto era a sua característica de ouro. Inclusive, essa era uma das razões pelas quais a Chrysler percebeu que seria uma boa jogada manter a sua fabricação depois de comprar a Simca.

Dentre os itens de conforto que se pode destacar estava a luz de leitura, ou seja, quem estava no banco de trás ou no banco do passageiro podia ler tranquilamente durante os trajetos noturnos, sendo uma ótima forma de passar tempo sem incomodar a sua visão.

Na parte interna da porta do Esplanada, era visto nada menos que jacarandá sendo usado como revestimento, sendo essa uma das madeiras mais caras que se tem no Brasil e que confere muita sofisticação. Até o rádio do Esplanada tinha jacarandá.

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Além disso, para fazer grandes viagens, esse veículo, que passava a ser da Chrysler agora, também era perfeito porque os seus bancos tinham bastante largura, acomodando muito bem passageiros de todos os portes.

O fato de o Esplanada ser bastante estável era outra razão para ele ser confortável: não havia solavancos e quem estava andando nesse veículo de luxo poderia até dormir sem ser incomodado, já que seu movimento era suave.

No final dos anos 60, o adeus ao Esplanada depois de várias modificações

Chrysler Esplanada. Dodge Homepage
Chrysler Esplanada. Dodge Homepage

No ano de 1969, chegava ao fim a produção do Esplanada no Brasil, ou seja, os últimos veículos dessa linha estavam chegando aos consumidores.

Contudo, ao se comparar o Esplanada que estava saindo de circulação e o Esplanada que a Simca inaugurou no Salão do Automóvel, três anos antes, era possível ver muitas diferenças entre os modelos.

Para começar, a famosa escrita “Esplanada” na sua lataria foi adotada posteriormente pela Chrysler, dando um ar mais estilizado a esse veículo.

A frente do carro também ganhou frisos, que antes estavam presentes apenas nas laterais da carroceria.

O painel do Esplanada também foi alterado e, em vez do formato adotado pela Simca para os mostradores de combustível e de velocidade, a Chrysler preferiu deixar todos no formato circular.

Houve mudança nas suas grades e até quem olhava para o volante via que um detalhe estava diferente: agora, havia um E impresso, tudo como uma maneira de reforçar a identidade de uma das grandes apostas da empresa.

Em 1969, um pouco antes de o Esplanada finalmente ser extinto, a Chrysler ainda trouxe ao público uma versão esportiva desse veículo, cuja maior diferença era estética.

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