O Jeep Cherokee é um dos veículos mais icônicos da história automotiva. Desde sua primeira geração, lançada em 1974, o SUV da Jeep foi um sucesso de vendas e uma referência em seu segmento. Durante cinco gerações, o Cherokee conquistou fãs em todo o mundo, incluindo no Brasil, sendo objeto de desejo da classe média alta nos anos 90.
Na última semana, o Grupo Stellantis comunicou o fechamento da fábrica de Belvidere, Ilinois, onde desde 2017 era produzido o SUV médio da Jeep. O foco em produção de veículos elétricos foi uma das causas do encerramento da produção do Cherokee, que estava em sua 5ª geração.
O Cherokee é um dos SUVs mais vendidos de todos os tempos, e sem dúvida, os Estados Unidos é o país onde o modelo fez mais sucesso. Desde seu lançamento, mais de 2,9 milhões de unidades foram vendidas no mercado americano. Porém, nos últimos anos o interesse pelo carro vinha diminuindo mês a mês. A forte concorrência e a preferência crescente por SUVs médios híbridos contribuíram para a diminuição nas vendas.
Confira as gerações do Jeep Cherokee
Em 49 anos de história, o Jeep Cherokee passou por diversas mudanças, que não ficaram restritas apenas ao visual. O SUV teve atualizações de segmento de mercado, motorização, tecnologia e até no nome. Confira!
1ª Geração (1974-1983):
O primeiro Cherokee (série SJ) foi lançado em 1974. Era um SUV compacto com design boxy e robusto. Tinha opções de motores a gasolina ou diesel, e era famoso por sua capacidade off-road. Baseado no Jeep Wagoneer de quatro portas, o Cherokee foi redesenhado com carroceria de apenas duas portas, janelas laterais traseiras fixas, além da porta de acesso ao compartimento de bagagem em duas partes verticais.
2ª Geração (1984-2001):
A segunda geração do Cherokee (série XJ) foi lançada em 1984. Com um design mais arredondado, foi oferecido com motores de quatro e seis cilindros. Dentro dessa geração, em 1992, um novo modelo nasceu para fazer enorme sucesso: o Grand Cherokee. Ele foi desenvolvido como uma opção de SUV maior e mais sofisticado do que o Jeep Cherokee, oferecendo mais espaço interno e recursos de luxo.
No Brasil, os dois modelos chegaram entre 1994 e 1995, comercializados pela Chrysler, nas versões Sport para o Cherokee com motor 4.0 V6 e o Grand Cherokee com duas opções de motor: 4.0 V6 e V8 de 5.2 litros. À época, os modelos eram os sonhos de consumo da classe média alta e fez muito sucesso entre famosos.
3ª Geração (2001-2007):
A terceira geração do Cherokee (Série KJ), tinha um design mais suave e menos agressivo do que as gerações anteriores, e era mais voltado para o asfalto do que para o off-road. O interior também foi totalmente redesenhado e houve melhorias significativas em segurança e desempenho. A terceira geração também introduziu o motor a diesel de quatro cilindros no Cherokee pela primeira vez.
Outra novidade nesta geração foi a distinção entre os nomes Cherokee e Grand Cherokee, sendo que o primeiro passou a ser chamado também de “Jeep Liberty”, para não gerar confusão com o Grand Cherokee, versão maior e mais espaçosa.
4º Geração (2008 – 2013)
A quarta geração do Jeep Cherokee marcou o fim das linhas arredondadas. Com um design mais “quadradão”, retornou às origens que fizeram sucesso nas primeiras gerações, com um visual mais sóbrio. A motorização tanto no Grand Cherokee quanto no Liberty era de 2.8 litros a diesel ou 3.7 litros V6 a gasolina.
5ª Geração (2014 – 2023)
O início da quinta e última geração foi marcado pela aquisição da Chrysler pela FIAT (Grupo FCA), o que acabou interferindo mais uma vez em uma grande mudança no visual da Cherokee, que deixou o estilo SUV e ganhou ares de Crossover. A dianteira, inclusive, era muito semelhante à Fiat Toro.
Apesar do design não ter sido muito bem vindo pelo público, a tecnologia empregada, segurança e itens de série acabaram garantindo bons números de vendas no mercado americano. Quanto à motorização, o modelo tinha um 2.0 a diesel – apenas na Europa -, além das versões à gasolina de 2.0, 2.4 e 3.2 V6. Já o câmbio era automático de 6 ou 9 velocidades.
Em 2017, veio o último facelift, e o Cherokee ficou mais parecido com o Jeep Compass. Após seis anos de produção dessa última versão, o Grupo Stellantis interrompeu a continuidade do modelo para focar em SUVs elétricos. O futuro é incerto e uma possível volta do Cherokee certamente seria sem motor à combustão.