fbpx
Carros

Fiat é dona da Ferrari? Entenda a Relação Entre as Marcas

Se você chegou até aqui se perguntando se a Fiat é dona da Ferrari, respire fundo. Você está prestes a encontrar a resposta com riqueza de detalhes. Essa dúvida surge frequentemente entre apaixonados por carros, curiosos da Fórmula 1 e até mesmo investidores. Afinal, estamos falando de duas das marcas italianas mais icônicas do mundo automotivo, com histórias entrelaçadas e um passado cheio de decisões estratégicas.

Neste artigo, vamos percorrer o caminho histórico que uniu e separou essas duas gigantes. Vamos explicar o papel da Fiat no crescimento da Ferrari e mostrar como essa relação influenciou o setor automotivo como um todo. Prepare-se: aqui você vai entender exatamente o que aconteceu entre 1969 e 2016 — ou melhor, desde os primeiros passos até a independência total da Ferrari.


A origem da parceria: quando tudo começou

1969 – O início da era Fiat na Ferrari

Tudo começou em 1969, quando o então Grupo Fiat decidiu adquirir 50% da Ferrari. A decisão veio num momento em que Enzo Ferrari buscava apoio para garantir o futuro da marca, sem abrir mão de sua alma esportiva. Com a entrada da Fiat, a Ferrari conquistou uma estabilidade financeira essencial para continuar investindo pesado em inovação e performance — especialmente nas pistas de Fórmula 1.

Apesar da aquisição, a Fiat não tomou as rédeas do design ou da engenharia. O acordo manteve a Ferrari com bastante liberdade criativa, focando em preservar sua essência única. A participação da Fiat foi, na prática, estratégica e não operacional, o que ajudou a preservar o DNA da marca do cavallino rampante.

1988 – Aumentando o controle

Já em 1988, a Fiat ampliou sua participação na Ferrari para 90%, consolidando sua posição como controladora majoritária. Ainda assim, mesmo com quase todo o capital nas mãos, a postura da Fiat permaneceu cautelosa. Ela seguia garantindo recursos à Ferrari, mas sem interferir diretamente em sua autonomia criativa.

Essa filosofia foi crucial para manter a Ferrari no topo. Modelos lendários continuaram surgindo, a escuderia permaneceu ativa na Fórmula 1, e o nome Ferrari se tornava cada vez mais sinônimo de prestígio e inovação.


De mãos dadas, mas com espaço

Durante as décadas em que a Fiat teve controle acionário da Ferrari, o relacionamento foi marcado por um equilíbrio delicado. Podemos dizer que houve suporte financeiro sem sufocar a identidade da marca.

A Fiat ajudava a manter a estrutura da Ferrari funcionando com segurança, enquanto a equipe de Maranello seguia inovando, produzindo carros de tirar o fôlego e mantendo sua liderança nas pistas e nas estradas.

A influência nos bastidores

  • A Fiat não interferia diretamente nos projetos dos carros.
  • Toda a parte de engenharia, design e estratégia de competição continuava sob total responsabilidade da Ferrari.
  • Esse modelo de gestão permitiu à Ferrari manter sua exclusividade e prestígio, mesmo sendo parte de um grupo muito maior.

A separação: quando Ferrari e Fiat tomaram rumos diferentes

2014 – O anúncio que mudou tudo

No ano de 2014, já sob o comando da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), veio uma notícia que surpreendeu muita gente: a Ferrari se tornaria uma empresa independente. A decisão fazia parte de uma estratégia para aumentar o valor da marca no mercado financeiro, oferecendo mais liberdade operacional à escuderia.

Embora tenha causado certo espanto à época, o movimento tinha lógica. O mercado automotivo estava em transformação, e a Ferrari tinha potencial de sobra para brilhar sozinha, sem depender de um conglomerado.

2016 – A independência se concretiza

A separação foi finalizada em 2016, quando a FCA vendeu suas ações da Ferrari e distribuiu a participação entre os acionistas. A partir daquele momento, a Ferrari passou a operar como uma empresa independente, listada na bolsa e com total liberdade para tomar suas próprias decisões.

Mas é importante ressaltar: isso não significa que os laços foram completamente rompidos. A família Agnelli, fundadora da Fiat, ainda mantém uma fatia considerável da Ferrari por meio da holding Exor. Ou seja, existe sim uma continuidade histórica, ainda que agora sem vínculos diretos de controle.


Ferrari independente, mas mais valiosa do que nunca

Desde que ganhou sua autonomia completa, a Ferrari mostrou ao mundo que podia não apenas andar com as próprias pernas, mas também acelerar com mais força do que nunca. Isso vale tanto para os carros quanto para o valor de mercado.

Atualmente, a Ferrari tem um valor de mercado superior ao da Stellantis, conglomerado que reúne marcas como Fiat, Peugeot, Jeep e Citroën. Esse feito impressionante é resultado de uma combinação de fatores estratégicos.

Fontes de receita da Ferrari

  1. Venda de carros de luxo: com margens de lucro elevadas e produção limitada, cada carro é praticamente uma obra de arte sobre rodas.
  2. Personalização de modelos: os clientes investem verdadeiras fortunas para ter um veículo exclusivo e sob medida.
  3. Licenciamento de produtos: roupas, relógios e até brinquedos carregam a marca Ferrari — e com muito estilo.
  4. Parques temáticos: como o icônico Ferrari World, em Abu Dhabi.
  5. Cursos e experiências exclusivas: como a pilotagem profissional em pistas fechadas, voltada para clientes e entusiastas.

Essa diversidade de receitas reforça a posição da Ferrari como marca de luxo, e não apenas como fabricante de carros esportivos.


Então… a Fiat é dona da Ferrari?

A resposta objetiva é: não, atualmente a Fiat não é dona da Ferrari.

Contudo, essa relação existiu sim, e por muito tempo. De 1969 até 2016, a Fiat teve participação majoritária na Ferrari. E essa ligação moldou o sucesso de ambas as marcas de maneira profunda e irreversível.

Hoje, mesmo com a separação formal, a influência histórica da Fiat ainda é sentida nos bastidores da Ferrari — seja pela herança da família Agnelli, seja pelo modelo de gestão que ajudou a escuderia a crescer de forma sólida e autêntica.


FAQs

A Fiat ainda tem ações da Ferrari?

Não diretamente. Após a separação, a FCA vendeu todas as suas ações da Ferrari. Porém, a família Agnelli, por meio da holding Exor, ainda é uma das principais acionistas da marca.

A Ferrari já pertenceu à Fiat?

Sim. A Fiat adquiriu 50% da Ferrari em 1969, ampliando essa participação para 90% em 1988. O controle foi mantido até 2016, quando ocorreu a separação total.

Por que a Ferrari se separou da Fiat?

A separação visava aumentar o valor da marca Ferrari no mercado, oferecendo maior liberdade e foco exclusivo no segmento de carros de alto desempenho.

A Ferrari faz parte da Stellantis?

Não. A Ferrari é totalmente independente e não faz parte da Stellantis, conglomerado que inclui a Fiat, Jeep, Citroën, entre outras.

charger bottom
Artigos relacionados
Carros

Tudo sobre o Motor AP 16 Válvulas: Legado, Uso e Preparação

4 Mins de leitura
Potência, tradição e preparo: o motor AP 16 válvulas é um símbolo da engenharia nacional. Descubra como ele ainda se destaca hoje.
Promoções

Como Concorrer a um Jeep Commander Overland em Poucos Cliques

2 Mins de leitura
Concorra a R$150 mil com a promoção “Retornar: Um Jipe Sofisticado”. Adquira seu e-book e entre no sorteio!
Carros

Tudo sobre o Fiat 124: Versões, Legado e Curiosidades

4 Mins de leitura
Do sedã clássico ao conversível moderno: entenda o legado do Fiat 124, um dos modelos mais influentes da história automotiva.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *